segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Sobre chegadas e partidas

"Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai querer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar"

Sei que tenho demorado mais do que deveria para escrever no blog, mas quando o faço gosto de caprichar. Desde a semana passada que estou pensando sobre isso. O post só foi consequência de tudo aquilo que estava na minha mente iria explodir se eu não compartilhasse em algum lugar, no papel ou na tela mesmo. Assim o faço.

Fazendo uma avaliação, percebo o quanto despedidas são difíceis para mim. Afinal de contas, sempre fui de me apegar. Fiz do maternal à quarta série em uma escola e só saí porque não tinha os anos seguintes lá. Foi muito complicado, mas como todo mundo da turma estava nesse processo, foi mais fácil encarar em conjunto. 

Aí fiz a quinta até a oitava série em outra escola (na época era essa nomenclatura, tá?). Só saí porque a qualidade da escola estava muito ruim. Vários colegas também passaram por isso então, ok. Ensino Médio a mesma coisa. Três anos no mesmo colégio. Então veio a despedida. Lembro que fiquei um mês (ou talvez um pouco mais) muito triste com o término do colégio, porque gostava demais da escola, das amigas que fiz, dos professores, enfim, de tudo. O quadro se agravou porque demorei de entrar na faculdade por conta de uma greve.

A saída da faculdade foi menos traumática, porque quando a gente está um pouco mais velho, começa a amadurecer mais para isso. Despedidas de estágios que eu gostava foram complicadas, mas passam. No trabalho, vi gente chegando e saindo. Difícil quando eu já estava acostumada com a pessoa e ela, por algum motivo, ia embora. Mas vida que segue.

Os amigos de outros lugares, como a igreja, também. Mas o que eu quero dizer com isso tudo? Quero dizer que eu precisei entender que isso acontece. Pessoas vêm e vão. Tem gente que chega pra alegrar nosso dia-a-dia, para fazer daquele momento muito especial. É tão fácil acolher essas pessoas assim como é tão difícil dizer adeus. 

Tem gente que chega cativante, mas por um motivo ou outro, pisa na bola. É hora de praticar o perdão. Tem gente que vai continuar sendo seu amigo. Já outros vão embora. Tem gente que tá com a gente só por algum interesse egoísta (não, não é repetição, todo mundo fica ao lado de alguém por algum interesse e nem sempre é sinônimo de algo ruim). Decepções são dolorosas, mas nos ajudam a crescer. Nos ajudam a perdoar, nos ajudar a não ser ingênuos demais, nãos ajudam a não fazer igual.

Tem gente que chega para atrapalhar mesmo. Como uma pedra no sapato. Como um vilão. Como alguém que está sempre pisando no nosso calo. Mas até esses merecem misericórdia. Porque uma pessoa que maquina o mal para outra é digna de pena. É muito triste ver pessoas que, ao invés de produzir algo de bom para si e para o mundo, quer pisar nos outros como forma de escalar degraus. Enfim, não quero me deter mais nisso.

O que é importa mesmo é: o que você faz com os relacionamentos que Deus te dá? Tem gente que vai passar um tempo muito curto com você. Que tal deixar uma marca positiva? Prepare-se: talvez esteja perto de dizer adeus.

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